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O espetáculo, com contornos surrealistas, é uma espécie de um diário de Astrogildo, ou Adilson, ou Heitor, ou Ruy Barbo. “Ele é vários”, resume Díaz. Hospedado em um hotel de luxo (ou um manicômio, ou um campo de concentração), o homem narra sua trajetória surpreendente, viajando para pontos longínquos do globo, desafiando a lógica, equilibrando-se na linha tênue que divide a loucura e a extrema consciência.
“Quando li o livro, não acreditei. Eram sentimentos próprios das crianças, a ânsia de liberdade, a lucidez e a loucura, o confinamento e a liberdade. Pensei: ‘Que coisa sensacional’. E me apropriei, peguei para mim, antes que algum aventureiro lançasse mão”, conta o ator.
Da maturação à estreia nos palcos, o projeto ganhou a participação do diretor Moacir Chaves, que teve o trabalho de burilar o ator. “Quando cheguei, o projeto estava muito avançado. O Chico já tinha muito texto decorado, muito mais do que está na peça”, afirma Chaves. Juntos, eles construíram o delirante relato em dois atos, um marcado pela reclusão, e o outro, pela fuga, com espaço para videografismos criados pelo artista mineiro Eder Santos.
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