
Geralmente, quando são convidadas a desenhar, algumas crianças elegem poucas cores, enquanto outras usam várias. Mas é fato que sempre optam pelo lápis de cor: desconhecem que o grafite também é uma opção válida para desenhar e pintar. O resultado é que ele acaba sendo reservado somente para a escrita.
Ao empregá-lo na disciplina de Arte, o professor proporciona a ampliação do horizonte dos alunos: apresenta um novo jeito de pensar e de fazer arte e chama a atenção para as infinitas possibilidades de produzir diferentes tonalidades, texturas e linhas usando a mesma cor (alterando somente o modo de segurar o lápis e de pressioná-lo no papel). Sem falar que formas e profundidade são mais bem percebidas em preto e branco (e isso ajuda a apurar e definir melhor o jeito de olhar e analisar as imagens).
Explorar o desenho com grafite também colabora para desmontar alguns paradigmas que habitam a mente dos próprios educadores. Um deles é a necessidade de ter material caro e diversificado para desenvolver um projeto significativo na disciplina de Arte. "O fundamental são o conteúdo, a estratégia e as propostas de ação", afirma Karen Greif Amar, professora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo. Tanto que é possível desenhar também usando materiais simples, como o carvão e até mesmo a tradicional caneta esferográfica.
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